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domingo, 22 de julho de 2012



O maior preconceito vem do próprio negro”...
Quantas vezes já ouvi essa frase? Por quanto tempo mais ouvirei? Até quando será utilizada como desculpa para esta cultura racista?
É muito fácil dizer que o negro é racista quando somos nós que temos a mesma cor da pele de quem carrega por anos a herança da escravidão, de quem foi arrancada de seu país, de quem tem sua cultura, sua religião roubada.
Faz-me refletir como as pessoas querem cada vez menos falar sobre a questão racial no Brasil, como as pessoas não pensam sobre a questão racial e como é fácil arranjar um culpado, mesmo que este na verdade foi quem sofreu.
Apesar de segundo muitas pessoas, o negro é o maior racista, são as nossas crianças que continuam sofrendo discriminação nas escolas pela cor da pele, pelo cabelo, pelo nariz, pela religião de seus pais.
Somos nós que continuamos ganhando o menor salário, somos a maior parte da população carcerária do Brasil, somos a menor parte no ensino superior, continuamos sendo os empregados, os escravos, os ladrões das telenovelas, como se não tivéssemos “vida real”.
Somos nós mulheres negras que somos vistas como “fantasia em exposição” no carnaval, que somos julgadas quando não alisamos o cabelo, que somos questionadas quando não casamos com um branco (para limpar a raça) e se você for mais clarinha então, me desculpem a palavra fudeu porque sempre irão te questionar porque você se considera negra.
E por fim, o que mais me incomoda, é quando nós negros somos chamados de COMPLEXADOS quando discutimos, quando nos posicionamos, quando queremos cobrar nossa indenização por anos de escravidão.
Chega de festejar a desvantagem
E permitir que desgatem a nossa imagem
Descendente negro atual meu nome é Brown
Não sou complexado e tal
Apenas Racional
Racionais MC´s - Voz Ativa

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Haiti

Lendo acerca do Haiti encontrei um vídeo bem bacana de uma escritora chamada Edwidge Danicat que fala sobre a relação Brasil- Haiti e o que eu mais gostei é quando ela fala das religiões que sofrem tanto preconceito quanto aqui no Brasil.
Segue o vídeo

domingo, 22 de janeiro de 2012

Politica Pão e Circo

Devido aos últimos acontecimentos, estava pensando neste assunto.
A politica conhecida como "Pão e Circo" se deu na formação do Império Romano.
Ao mesmo tempo que o imperador era responsável pelas decisões, exista a participação de grandes proprietários de terras e comerciantes, enfim o poder era centralizado nas elites. 
Porém, os cidadãos mais pobres eram excluídos desse processo de crescimento e tinham grandes dificuldades para sobreviver. Para que essa situação de exclusão e desigualdade não acabasse determinando a realização de revoltas, o império decidiu estabelecer a chamada “política do pão e circo”. Nessa medida, o governo de Roma realizava grandes espetáculos, nos quais a população pobre gastava parte de seu tempo assistindo a disputas esportivas e a lutas entre os gladiadores. Durante a mesma ocasião, alimentos e trigo eram fartamente distribuídos.
Depois desta breve explicação, faço um paralelo ao que vivemos no Brasil, onde o assistencialismo é explicito.
Será que os reality shows, o futebol, os programas de assistencialismo do nosso governo, os prêmios dados pela empresa onde você trabalha, as medidas motivacionais com prêmios ridículos, que expõem os funcionários a humilhação e a concorrência desleal não é uma nova "politica do pão e circo", uma maneira de alienação ao cidadão e a população pobre?
Sem mais, isto é apenas um convite para reflexão...




sábado, 14 de janeiro de 2012

Vida

A vida é realmente imprevisível e é isso que eu mais gosto dela.
Há exatamente 10 meses atrás estar em um sábado a noite em casa seria sinônimo de tédio e vazio, porém agora tudo é tão diferente.
Este vazio é preenchido com a certeza de que terei amanhã, amanhã, amanhã e sempre.
E o melhor é que este sempre é o melhor de nossos dias, sem obrigações e estipulações de tempo, o nosso sempre é sinônimo de felicidade e isto é o melhor de tudo.

Obrigada por mais uma noite ao seu lado!!!!

Ellen Oléria

Meu caso de amor (rsrsrs) e admiração por essa preta começou mais ou menos assim:

Conheci a Ellen através do programa Manos e Minas e achei muito foda, uma mina totalmente fora de padrões impostos pela sociedade atual, recitando todas as implicações e questionamentos que possuo em forma de musica e ainda por cima ressaltando a nossa ancestralidade.
Sai da Zona Leste em direção a Vila Madalena e conheci uma artista com uma presença de palco que fazia muito tempo que não via. Além disso, uma pessoa maravilhosa, simples e que admirei muito mais ao conhecê-la pessoalmente.
Então para quem não conhece vai lá  http://ellenoleria.tnb.art.br/.

Indicação

Como todos sabem (pelo menos o que me conhecem bem) a questão racial é presente no meu cotidiano e através da educação, da minha formação, pretendo contribuir para que a visão do negro na sociedade sofra mudanças.
Pelas minhas andanças em filmes com plano de fundo o racismo, preconceito e afins assisti Vênus Negra.
Este filme é chocante, revoltante, real, impactante, enfim só assistindo para saber.
Para quem se interessar está ai o trailer:


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

BBB 1436546564454....

Já foi dada largada ao BBB, Besteirol, Burrice, Bizarro e todos os " B" pejorativos que você encontrar.
Ao pensar nisto, lembrei de uma aula de Ética no 1º semestre do curso de Psicologia,onde discutíamos exatamente isto, o que leva as pessoas a se interessarem pela vida das outras, a ponto de sofrer, angustiar-se, discutir, enfim perder tempo com pessoas que você não conhece e provavelmente não vai conhecer e o pior não vai alterar nada em sua vida.
Enfim, espero que eu sobreviva e tenha paciência para os comentários que virão por ai desta milésima edição.
Dizem que a esperança é a última que morre, quem sabe as pessoas um dia se importarão com pessoas e assuntos relevantes para suas vidas.